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- Estudante da Unisc vence duas categorias do 32º Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo
quinta-feira, 10 de dezembro de 2015
O acadêmico de Comunicação Social – habilitação em Jornalismo, Régis de
Oliveira Júnior é um dos vencedores do 32º Prêmio Direitos Humanos de
Jornalismo. Ele conquistou o terceiro lugar na Categoria Acadêmico do concurso com dois trabalhos: a reportagem Medo da polícia? e a série de reportagens para TV Na rua dos esquecidos.
O estudante do 6º semestre conta que a motivação para inscrever as
matérias veio com a crença de que o jornalismo pode mudar realidades:
“As crises humanitárias provocadas por conflitos armados, desastres
naturais e calamidades, despertaram um novo sentido para o jornalismo na
minha vida. A preocupação com populações carentes e em situações de
vulnerabilidade sempre trilharão o meu caminho profissional”.
O Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo foi instituído em 1984 pelo
Movimento de Justiça e Direitos Humanos (MJDH), pela Ordem dos Advogados
do Brasil, seccional do Rio Grande do Sul (OAB/RS) e pela Secretaria
Regional Latino Americana da UITA (União Internacional dos Trabalhadores
na Alimentação, Agricultura e Afins), com o apoio da Associação dos
Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Rio Grande do Sul
(ARFOC/RS) e da ARFOC/Brasil. O objetivo do prêmio é estimular o
trabalho dos profissionais de jornalismo na denúncia das violações e na
vigilância ao respeito dos Direitos Humanos. Ao todo, foram 21 inscritos
na Categoria Acadêmico e entre os critérios de avaliação dos
trabalhos estiveram a qualidade do texto ou da imagem; a investigação
original dos fatos; a profundidade no tratamento da informação; a
abordagem de temas socialmente relevantes e os valores éticos
profissionais refletidos no trabalho.
A cerimônia de premiação ocorre amanhã, 10 de dezembro, às 20h, no
Auditório da OAB/RS, em Porto Alegre. Para Régis, a conquista é um
motivo de comemoração pessoal e para a própria Universidade, por se
tratarem de trabalhos produzidos em âmbito acadêmico e com o auxílio de
professores, colegas e funcionários do Curso de Comunicação Social. As
expectativas do estudante para a premiação são as melhores possíveis:
“Dividir o palco com grandes nomes do jornalismo, como Leonencio Nossa e
Dida Sampaio- do Estadão, Letícia Duarte e Cláudia Laitano – da Zero
Hora, Rafael Pinto Soares – do Jornal Extra, Giovani Grizotti – da Rede
Globo e o Marcelo Magalhães – da Tv Record, será uma honra e uma
sensação inexplicável”.
Prêmios não são novidade no currículo
Em 2015, Régis de Oliveira Júnior conquistou o primeiro lugar na categoria acadêmico de TV, do VI Prêmio Unochapecó/CAIXA de Jornalismo Ambiental. Com a mesma reportagem recebeu menção honrosa da Agência
Nacional de Águas. A seleção para eventos importantes na área do
jornalismo também enriquece o currículo do estudante, que integrou uma
turma de 20 universitários do Curso de Informações sobre Jornalismo em
Situações de Conflitos Armados e Outras Situações de Violência, em São
Paulo. A participação no projeto Ajuda Humanitária em Pauta da
organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF), no
Rio de Janeiro, e da Semana Estado de Jornalismo, em São Paulo, também
somam às experiências do aluno. Sobre os prêmios no 32º Prêmio Direitos
Humanos de Jornalismo, Régis afirma que “significa a diferença em meu
currículo e abre portas para novas oportunidades”.
Conheça os trabalhos vencedores
- Medo da polícia?: A reportagem foi produzida na disciplina
de Produção em Mídia Impressa, ministrada pelo professor Demétrio
Soster. “O tema da minha reportagem era o temor policial. De acordo com
Datafolha, 62% da população diz ter medo da polícia. Então, busquei
fontes para contextualizar o problema da segurança pública. Por
telefone, conversei com o diretor da Anistia Internacional, Alexandre
Ciconello, e com a secretária nacional de Segurança Pública, Regina
Miki. No Rio de Janeiro, visitei uma Unidade de Polícia Pacificadora e
entrevistei o governador, Luiz Fernando Pezão. Além disso, José Mariano
Beltrame falou com exclusividade para o Unicom e potencializou a
matéria. Para aproximar o leitor do assunto, encontrei uma vítima do uso
excessivo da força em Passo do Sobrado (RS)”, contou Régis.
O professor Demétrio conta que na disciplina é produzido o
jornal-laboratório do Curso de Comunicação Social, o Unicom. Ao
cumprirem o desafio de elaborar uma edição do jornal com o tema medos,
o processo da construção da pauta proposta por Régis – assim como as
demais – foi pensado em conjunto. O professor destaca que é muito
importante que as produções acadêmicas sejam levadas para concursos e
premiações: “A mais relevante delas diz respeito a eles enxergarem seu
trabalho na relação com os demais colegas de outras universidades, no
sentido de aprimoramento do conhecimento. É importante, também, porque
qualifica o currículo do acadêmico, de tal forma que, quando ingressar
no mercado de trabalho, terá um forte indicativo de como foi sua
formação; o que soube aproveitar ou não. Diria que uma terceira
importância diz respeito à universidade como um todo, à medida que
sugere, aos que estão de fora, que temos, na Unisc, capacidade técnica e
intelectual para discutir com o mesmo grau de legitimidade com as
demais escolas de jornalismo. Sem falar, claro, na alegria que é receber
um prêmio com tantos méritos”. Com a conquista de Régis, o
jornal-laboratório Unicom recebe sua 12ª premiação, mas com o
diferencial de ser a única para uma reportagem individual.
- Na rua dos esquecidos: A série de reportagens foi produzida
para a disciplina de Projeto Experimental em Jornalismo, ministrada pela
professora Fabiana Piccinin e com orientação do professor Leonel Aires.
“É uma série de reportagens para TV, que aborda as consequências do uso
de drogas por crianças e adolescentes. Os episódios mostram a
indiferença, a negligência, o abandono e os maus-tratos cometidos contra
os menores, tanto nas ruas de Porto Alegre, quanto do interior gaúcho.
Gravei na Cracolândia e na Fundação de Atendimento Socioeducativo –
FASE, na capital. Na banca, o projeto experimental ficou com 10. A
edição e finalização foram feitas pela colega Évelyn Bartz. As imagens
foram produzidas pelo Valmor Emmel, Elio Brixius, Luis Habekost, Pablo
Melo e Paolo Zan”, ressaltou o estudante. A produção pode ser conferida
nos links a seguir: Reportagem 1 e Reportagem 2.
Fonte: 32º Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo
Texto: A4 Agência Experimental - Núcleo Jornalismo
Fotos: Arquivo pessoal
Texto: A4 Agência Experimental - Núcleo Jornalismo
Fotos: Arquivo pessoal
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