quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Segundo jornal mais antigo do Rio Grande do Sul ainda em circulação, O Taquaryense, localizado na cidade de Taquari, recebeu nas suas dependências alunos da Universidade de Santa Cruz do Sul que cursam a disciplina de Planejamento Gráfico em Jornalismo, ministrada pela professora Mirela Hoeltz, na manhã de quarta-feira, 28 de outubro.

Com seus 128 anos de jornalismo à moda antiga, O Taquaryense foi fundado por Alebertino Saraiva, em 15 de julho de 1887 e sua primeira edição publicada se deu em um domingo, 31 de julho daquele ano, sendo entregue de casa em casa pelo próprio fundador. Até 1910 a impressão era feita num prelo manual. Tudo mudou com a chegada de uma rotativa importada, a Marinoni, fabricada em Paris, comprada do Jornal Correio do Povo,  movida por um motor à querosene, feito especialmente para a máquina. Até hoje as páginas do jornal são feitas a tipos móveis (símbolos eletras soltas, produzidos a partir de ligas metálicas que, um a um, tipo a tipo, formam palavras), processo de produção elaborado em 1456 pelo “pai da imprensa”, Gutemberg. Os tipos são de diferentes tamanhos, de acordo com a utilidade na página. Para o tipógrafo, responsável por todo o processo de produção, paciência e concentração na hora de compor a página são essenciais, além de vasto conhecimento.

O jornal possui variados estilos de tipos, clichês, espaços, ornamentos e demais elementos necessários para a composição do design das páginas. O clichê é uma imagem reproduzida em uma placa de metal utilizada para reproduzir fotos e demais ilustrações e são feitos em empresas especializadas e sob encomenda.

Sua impressão – primeiro a capa e depois a contracapa - é feita na própria sede, ainda na rotativa Marinoni. Os textos são produzidos por colaboradores e organizados nas páginas em três colunas. Apesar das seções fixas do periódico, a localização delas varia a cada edição. A centenária Marinoni imprime cerca de 18 exemplares por minuto, contando atualmente com cerca de 450 assinantes, ou seja, os jornais levam cerca de 25 minutos para ficarem prontos.

Os alunos tiveram a oportunidade de ver o tipógrafo João da Rosa Rodrigues realizando o término da montagem do texto (cada letra sendo alinhada com a anterior), arrumar a máquina rotativa (inserir a tinta), ligá-la (hoje a luz), pegar o jornal pronto e dobrá-lo.



Texto e fotos: Agência Experimental de Comunicação A4

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