sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Discutir a questão da igualdade, a reprodução de estereótipos e a moldagem de um novo olhar. Foram esses os objetivos norteadores da palestra “Gênero, Raça/Etnia na Mídia”, realizada ontem, 25, a partir das 19h, no anfiteatro do bloco 18, da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). Ao abrir os trabalhos, o coordenador do Curso de Comunicação Social da Unisc, Hélio Afonso Etges, deu as boas vindas à palestrante, a professora doutora em Comunicação e jornalista Sátira Pereira Machado, e incentivou os alunos a pensar o meio que vivem. “É um contexto de olharmos para dentro do nosso contexto”, assinalou.

Além de promover debates sobre racismo e sexismo, Sátira aproveitou a palestra para apresentar o projeto “Gênero, Raça/Etnia na mídia: promovendo a autonomia e enfrentando a violência por uma comunicação pública e plural”, que está sendo aplicado em universidades de nove regiões do Rio Grande do Sul, assim como foi reeditado nessa ocasião. A palestrante disse que o motivo da discussão ser em torno dos preconceitos apresentados na mídia é devido ao grande poder de divulgação e disseminação de informação da mesma. Também enfatizou que é responsabilidade do comunicador fazer uma comunicação pluralizada.

Sátira expôs ao público dados históricos e vivências, comprovando como o racismo, a homofobia e o machismo estão inseridos no íntimo de todas as pessoas. Segundo a jornalista, a libertação desses pensamentos leva algum tempo e, também, estudo e dedicação. A cultura patriarcal criada pela sociedade, de acordo com Sátira, naturaliza a opressão, desqualifica mulheres e negros e insere relações de violência. “Aprendemos a diferença de forma estereotipada e é mais interior do que a gente imagina. O importante é estarmos abertos a tentar não pensar de forma segregada”, falou.

Os participantes fizeram perguntas, debateram e deram pareceres sobre experiências próprias. A palestrante elogiou a postura dos estudantes, mencionando a humanidade presente nos depoimentos e críticas. Conforme o assessor de relações comunitárias da Pró-Reitoria de Extensão da Unisc, Iuri Azeredo, a participação do público, apesar de não ser tão numerosa, foi muito boa, pois prestigiaram a atividade até o fim. Azeredo ainda fez referência à postura de Sátira ao conduzir o debate e inserir questionamentos para reflexão dos alunos. “Ela é bastante aberta, bastante tolerante. É muito positivo para fazer as pessoas pensarem e não se afastarem da discussão”, pontuou.

O resultado do projeto deverá ser a elaboração de um Guia para jornalistas e comunicadores sobre Gênero, Raça e Etnia. Também está previsto um livro e uma campanha para TV e rádio. A realização do evento foi de responsabilidade da Unisc, em parceria com a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM/RS), Secretaria de Comunicação, a Fundação Cultural Piratini – TVE e FM Cultura, a Rede Escola de Governo (FDRH), o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul e a Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres.





 Texto e fotos: Agência Experimental de Comunicação A4

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