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Veja como foi o bate-papo com Márcio Callage, presidente da Agência DM9Sul, na noite de quinta-feira
segunda-feira, 26 de maio de 2014
“Este é o pior e o melhor momento para se trabalhar com comunicação e
marketing”. Com esta frase Márcio Callage, presidente da DM9Sul, uma
das agências de publicidade e propaganda mais conceituadas do país, deu
início à penúltima noite de palestras da 19ª SEACOM. Callage participou do evento na noite de quinta-feira, 22, no
Anfiteatro do bloco 18.
Filho do diretor de criação e sócio da DCS Comunicação, o
porto-alegrense cresceu dentro do universo da propaganda. Admirador do
trabalho pai, Callage ressaltou que nunca teve dúvidas sobre a profissão
que iria seguir. Aos 18 anos, ingressou no curso de Publicidade e
Propaganda na Pontifíca Universidade do Rio Grande do Sul (PUC-RS) e
logo na primeira semana começou a trabalhar na área.
Com 25 anos, já formado, em 2005, recebeu a proposta de ser gerente
de marketing da Olympikus. Movido por um instinto empreendedor, em 2007, Márcio e mais dois amigos resolverem montar a Perestroika Criative
School, uma escola que promete diferentes cursos na área de criação. Em
setembro de 2011, tornou-se sócio e presidente da DMSul, ligada à
DM9DDB de São Paulo e ao grupo ABC, maior grupo de comunicação do
Brasil.
Segundo o profissional, houve um tempo em que publicitário trabalhava
apenas em agência, jornalista em redação, relações públicas em eventos,
entre outros, mas hoje esta prática é limitadora. “Dentro da DM9, por
exemplo, temos publicitários, diagramadores, jornalistas, designers,
arquitetos, administradores. Há uma grande mistura, e este caldo dá a
possibilidade de entregarmos algo que consideramos que é o trabalho da
Comunicação Contemporânea”, avalia.
Novo perfil – As agências de publicidade, segundo Callage, são
as mesmas desde 1950. Em razão disso, considera que não adianta ter
pessoas novas, com conhecimento se o pensamento da empresa for quadrado.
“Se o modelo for o mesmo sempre, será sempre a propaganda
convencional”, analisou. Callage observa que o modelo antigo, comum, de
fazer publicidade é um mero preencher de espaços, seja os de 30” em
rádio ou uma página no jornal – o que limita a criatividade. A ideia
hoje, conforme ele, é fazer uma propaganda que envolva o outro, que
tenha conteúdo e não apenas informe algo. “As pessoas não dão bola para
propagandas, elas não gostam, por isso tem que ser fazer algo a mais”,
destacou.
O publicitário frisou que de qualquer lugar é possível fazer coisas
legais, basta querer. “A Perestroika, por exemplo, gastou apenas R$ 70
para se lançar.” Além disso, frisou que o tempo atual é o da revolução
digital e que isso precisa ser compreendido pelos profissionais. “Temos
de entender a linguagem do tempo, e hoje estamos vivendo a revolução
digital.” Em razão disso, considera que para se fazer uma boa
publicidade é necessário, antes de tudo, estar ligado ao que acontece ao
redor, ter em mente qual o problema, qual o público, qual a coisa mais
importante e, ainda, pensar: “por que isso é verdade?”. O publicitário disse que, hoje, não basta ter audiência, mas sim qualidade.
Para encerrar, além de abrir espaço às questões da plateia – que
manteve o Anfiteatro lotado até as 22h – Callage ressaltou que tem
consciência de que sua agência nem sempre tem condições de pagar o que o
mercado em São Paulo (SP) paga. No entanto, acredita que a DM9 é
formadora de pessoas. “Posso contratar alguém que não tenha experiência,
mas que tenha vontade de trabalhar, assim eu posso moldá-lo e depois
este alguém pode ir para SP e ganhar mais de R$ 20 mil.”, exemplificou.
Por fim, ainda citou que a sua agência é uma das únicas que possui uma
diretora de Relações Humanas (RH) que se preocupa individualmente com os
colaboradores.
Texto: Agência Experimental de Comunicação A4
Fotos: Eduardo Foletto Finkler
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